ACT Eneva: Categoria aprova proposta por margem mínima e aponta necessidade de reorganização para 2026

Em votação apertada (51% a 49%), trabalhadores decidem pela assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho e PLR

Na última semana, os trabalhadores da Eneva lotados no Maranhão (STGP) decidiram, em assembleias gerais, aprovar a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026.

Embora o Sindipetro Amazônia tenha defendido a rejeição — por entender que a proposta não reflete os lucros recordes da companhia e ignora pautas importantes como ganho real, fim do desconto no Vale Refeição, AHRA e pagamento em dobro nos feriados —, respeitamos soberanamente a decisão da assembleia. A expressiva participação dos trabalhadores demonstra que a democracia operária está viva. A divisão dos votos deixa um recado claro à Eneva: a insatisfação é grande e a categoria está dividida, não havendo “cheque em branco” para a gestão.

Este encerramento de campanha reivindicatória nos impõe um balanço sério e transparente sobre os desafios enfrentados e os passos para o futuro.

Práticas Antissindicais

Durante as assembleias, a Diretoria do Sindipetro expôs e denunciou táticas inaceitáveis utilizadas pela gestão da empresa para coagir os trabalhadores.

  1. A “Chantagem” da PLR: A empresa utilizou a estratégia deliberada de atrasar as negociações, segurando sua contraproposta por semanas, para empurrar a decisão para a data limite do pagamento da PLR. O objetivo foi claro: usar a necessidade financeira do trabalhador contra seus próprios direitos a longo prazo.
  2. Ação de ocupantes de funções gratificadas: Denunciamos a atuação vergonhosa de gestores que tentaram jogar a categoria contra o Sindicato.

O Sindipetro Amazônia reafirma: tais práticas configuram conduta antissindical e estão sendo documentadas para denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

O Papel dos Sindicatos e a Unidade Necessária

Esta campanha também escancarou a fragilidade da representação sindical fragmentada na Eneva. Enquanto o Sindipetro Amazônia negociava de maneira transparente, realizou assembleias e enfrentava a mesa de negociação, a maioria dos outros sindicatos permaneceu inerte.

Muitos destes funcionam como “sindicatos de cartório” ou fantasmas, assinando acordos em salas fechadas sem consultar o trabalhador ou em consultas duvidosas, enfraquecendo o poder de barganha de todos. Para enfrentar esse cenário, o Sindipetro buscará, já para a próxima data-base, a articulação com outros sindicatos sérios e representativos para a construção de uma Mesa Única de Negociação, impedindo que a empresa divida para conquistar.

O Futuro Começa Agora: Fortalecimento e Nova Liderança

Apesar de não avançarmos no ACT, tivemos uma vitória política estratégica este ano: a incorporação à diretoria do Sindicato do companheiro Leandro Araújo. A partir de sua posse (fevereiro de 2026), passaremos a contar com um ponto focal dentro da empresa, fundamental para levar o trabalho do Sindipetro para mais próximo do cotidiano dos trabalhadores.

Para que a próxima negociação tenha um desfecho diferente, com ganho real e conquistas sociais, precisamos mudar a correlação de forças. O Sindicato é tão forte quanto a sua base.

Não adianta apenas reclamar nos corredores. É hora de transformar indignação em organização.

👉 Fortaleça quem luta por você. Filie-se ao Sindipetro Amazônia!

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