Em reunião local, Sindipetro PA/AM/MA/AP exige da gestão da UN-AM resolução de problemas em Urucu e PEA

O Sindipetro PA/AM/MA/AP se reuniu na última semana (29/05) com a gestão da UN-AM da Petrobras para discutir uma série de questões urgentes e prioritárias para a categoria. A reunião, que ocorreu em Manaus/AM, abordou desde as condições de trabalho de terceirizados até a segurança e as condições de infraestrutura.

Condições de Trabalho e Remuneração de Terceirizados do PEA

– O Sindipetro abordou a questão dos salários dos trabalhadores terceirizados que atuam com movimentação de carga e guindaste, inclusive sob a água e proximidade de fiação elétrica. Esses profissionais recebem apenas um salário mínimo sem vantagens adicionais, apesar das condições insalubres e perigosas.

– A Petrobras informou que um estudo já havia sido realizado, concluindo que esses trabalhadores não têm direito a benefícios adicionais.

– No entanto, o Gerente Geral da UN-AM prometeu encomendar um novo estudo para definir um piso salarial para futuros contratos e aditivos para os contratos existentes, visando a melhoria salarial desses trabalhadores.

Planos de Saúde para Familiares de Terceirizados

– O Sindicato exigiu a implementação de planos de saúde para familiares dos trabalhadores terceirizados, com custo zero, conforme previsto para novos contratos desde agosto do ano passado. Atualmente, apenas a empresa Parente Andrade oferece esse benefício. A proposta é que os contratos antigos sejam aditivados para incluir o plano de saúde nos mesmos moldes.

Câmera nos veículos e setores em Urucu

– A Diretoria do Sindicato levantou a questão das câmeras instaladas nos carros de Urucu.

– A gestão da UN-AM explicou que as câmeras são para identificação facial do motorista e funcionam como um sensor que emite um sinal sonoro alto caso o motorista demonstre sinais de sono, visando prevenir acidentes. Também negou que as câmeras tivessem comunicação direta com a Petrobras.

– O Sindipetro também contestou a instalação de câmeras nas seções de trabalho em Urucu. Não aceitaremos essa prática e consideramos uma forma de fiscalização que constrange os trabalhadores.

– A gerência se comprometeu a trazer mais informações na próxima reunião e o sindicato pretende discutir o fim dessas câmeras.

Alarmes e Infraestrutura em Urucu

– A Diretoria do Sindicato também informou sobre disparos inadvertidos dos alarmes de emergência nos alojamentos.

– A ocorrência foi admitida pela gestão, que informou que está ocorrendo manutenção da rede e que realizará apresentação de um plano de escoamento para os trabalhadores em caso de sinistro.

Técnicos de Segurança e Vagas em Urucu

– O Sindicato trouxe reclamação de técnicos de segurança sobre a possibilidade de serem transferidos para a sede e substituídos por terceirizados.

– O Gerente Geral da UN-AM negou veementemente que isso fosse acontecer. Acrescentou que não há planejamento de ampliação de técnicos em Urucu, pois não há interesse de trabalhadores da desmobilização, como do Rio Grande do Norte e outros estados, em se mudar para o Amazonas, mesmo com vantagens oferecidas.

– A falta de vagas para Urucu no concurso atual da Petrobras foi explicada pela gestão com o argumento de que as vagas não foram pedidas quando Urucu estava na lista de privatização. Acrescentou que novas vagas só poderão surgir depois que todos os concursados forem chamados, o que ainda está distante de acontecer.

Pautas para a próxima reunião com a Gestão da UN-AM

O Sindipetro PA/AM/MA/AP levará as seguintes denúncias e preocupações para a próxima reunião com a gestão da UN-AM, buscando soluções imediatas para as condições dos trabalhadores:

Condições Precárias nos Alojamentos

– Escassez de quartos femininos, a ponto de ser necessário alterar o horário de trabalho de funcionárias para acomodação.

– Relato de 12 pessoas dormindo em “cama quente” (compartilhamento de camas por turnos diferentes) devido à precariedade e falta de leitos.

– Alojamentos com goteiras generalizadas, incluindo água escorrendo por luminárias e tomadas, representando risco à segurança.

– Queda de uma luminária do teto do banheiro na semana passada, que por sorte não causou ferimentos.

– Falta de água nas descargas por um dia inteiro, gerando uma situação insustentável de higiene e salubridade.

Problemas na Gestão

– O gerente do ativo estava de férias durante um período crítico como a parada.

– O gerente da OPPF tem se ausentado da base, resultando em diferentes interinos na gerência a cada semana. Essa situação gera um sentimento de abandono na gestão por parte dos trabalhadores durante um período crítico como a parada.

Sobrecarga de Trabalho e Desvalorização

– Em uma reunião, quando trabalhadores reclamaram de sobrecarga, o gerente da interino do ATPU respondeu: “a gente ganha bem aqui pra isso mesmo”, gerando grande insatisfação.

– As pautas antigas de sobrecarga de operadores relacionadas à história da 1221 continuam sem solução.

– Nesta parada, os operadores da rotina estão sendo sobrecarregados com atividades tanto da parada quanto da rotina diária.

– Quando o operador não consegue cumprir as demandas, a gestão realoca alguém de outra área para evitar o pagamento de hora extra, intensificando a desvalorização do profissional.

O Sindipetro PA/AM/MA/AP reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e a melhoria das condições de trabalho de todos os petroleiros.

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