Um perigoso desmonte de serviços essenciais, que culminou no cancelamento do contrato de controle de endemias, e um ambiente de assédio moral marcam a atuação da Gerência de Suporte de Saúde às Operações na Unidade da Amazônia (AM). A situação, apurada pelo Sindipetro PA/AM/MA/AP a partir de graves denúncias, coloca em risco direto a saúde dos trabalhadores, especialmente na base de Urucu.
As denúncias recebidas pelo Sindicato apontam para uma gestão insustentável e perigosa, marcada por:
- Assédio Moral e Desrespeito Profissional: Profissionais da equipe de saúde relatam um cotidiano de assédio, desrespeito e desqualificação. A gestão ignora a autonomia e os conhecimentos técnicos de médicos e enfermeiros, desrespeitando os conselhos de classe (CRM e COREN) e criando um clima de medo e forte abalo psicológico na equipe.
- Risco Sanitário Grave em Urucu: O ponto mais alarmante é o cancelamento unilateral do contrato de controle de endemias (malária, leishmaniose). Como consequência direta, o exame de lâmina para diagnóstico de malária não é mais realizado na base, obrigando o deslocamento de trabalhadores com suspeita da doença para Manaus. A decisão retarda o diagnóstico e expõe toda a força de trabalho a um risco sanitário inaceitável.
- Histórico de Abusos e Omissão: As práticas abusivas da gestora em questão são recorrentes, com um histórico de reclamações em outras áreas. Múltiplas denúncias na ouvidoria da empresa não resultaram em medidas efetivas, indicando uma preocupante omissão das gerências superiores da AM.
O Sindipetro repudia veementemente tais práticas, que vão na contramão do código de ética da Petrobrás, e responsabiliza não apenas a gestora, mas também a gerência da Unidade da Amazônia por sua conivência.
O Sindicato tomará todas as medidas cabíveis para reverter este quadro, exigir o afastamento dos responsáveis e garantir a imediata retomada dos serviços de controle de endemias. Não aceitaremos que a saúde e a segurança dos trabalhadores sejam negligenciadas. A vida está acima do lucro.