O Sindipetro Amazônia cobrou os Recursos Humanos da Petrobras o fim da coerção e desrespeito aos direitos da categoria na Unidade da Amazônia em reunião na última sexta-feira, 10 de outubro.
Na pauta, um único e urgente assunto: a gestão abusiva do banco de horas, que tem violado a escala dos trabalhadores e gerado enormes prejuízos para a categoria na Unidade da Amazônia.
A Posição do Sindicato
Na reunião, nossos diretores denunciaram ponto a ponto a gravidade da situação:
- A gestão do Banco de Horas é um Direito do Trabalhador: o direito de gerenciar o saldo positivo — decidindo se prefere folgar ou receber pelas horas trabalhadas — é uma prerrogativa do trabalhador. Já que ele realizou serviço extraordinário por solicitação da empresa, nada mais justo de que ele escolha a melhor forma de usufruir do resultado,
- Afronta à Escala Definida: A medida é uma violação direta da nossa escala, gerando enormes prejuízos pessoais e financeiros aos trabalhadores, que planejam suas vidas, estudos e compram passagens com meses de antecedência.
- Coerção e Assédio: A suposta “negociação” para a folga é, na prática, uma coerção na qual o trabalhador se sente pressionado pela chefia a aceitar uma condição que não lhe é favorável.
- Saldo negativo: Denunciamos como gravíssima a manobra para forçar os trabalhadores a ficarem com saldo negativo, uma tática para mascarar a necessidade de pagamento de horas extras em paradas de manutenção futuras.
- Risco à Segurança: Alertamos para um risco iminente, pois os brigadistas, insatisfeitos por terem as horas de treinamento em folgas lançadas no banco, ameaçam deixar a equipe em massa, o que seria catastrófico para a segurança da unidade.
A Resposta da Petrobras
O retorno da empresa expressou a visão que vem desde o topo da hierarquia em relação à política de privilegiar os acionistas em relação aos direitos dos petroleiros:
- “Apertar os cintos”: A gestão admitiu que a medida se deve a um “cenário de custos”, confirmando que está mais uma vez transferindo a conta de sua gestão financeira para as costas dos empregados.
- Legalidade: A empresa alegou estar respaldada pelo Acordo Coletivo (ACT), uma interpretação que o Sindicato contesta veementemente, pois o acordo está sendo usado para retirar direitos e não para garantir flexibilidade mútua.
- Recuo Parcial: Após a pressão do Sindicato, a gestão se comprometeu a garantir que nenhum trabalhador terá prejuízo financeiro ou descontos em folha por conta de saldos negativos.
- Adiamento: Apesar do recuo parcial, a companhia se recusou a suspender a prática abusiva de imediato, empurrando a discussão principal para a negociação nacional do próximo ACT.
Próximos passos
Para o Sindipetro, *adiar a solução é inaceitável. O problema é agora e a luta também!
Nossos próximos passos são claros:
- Rejeição ao Adiamento: Não iremos aguardar as negociações do ACT para combater um ataque que está prejudicando os trabalhadores agora.
- Orientação e Ação Jurídica: Continuaremos a orientar a categoria a não aceitar esta imposição e já estamos avaliando todas as *medidas cabíveis, inclusive as judiciais, para barrar esta ilegalidade e garantir o respeito aos nossos direitos.
- Chamado à Unidade: A luta é de todos nós! É fundamental que a categoria se mantenha unida e atenta às próximas orientações do Sindicato para fortalecermos nossa posição.
Todos(as) juntos em defesa dos nossos direitos. Fim do Banco de Horas no ACT 2025!