COMBATER A PANDEMIA: ISOLAMENTO SOCIAL E PRODUÇÃO MÍNIMA!

O rápido alastramento do novo coronavírus no território nacional traz à tona a necessidade de que seja imediatamente adotada a medida de LOCKDOWN – em português, bloqueio. Os países que implementaram rapidamente esta solução (Hong Kong, Singapura e Japão, por exemplo) reduziram o crescimento do número de casos de contaminação.

Frente ao surto do Covid-19 em marcha, Sindipetro defende medidas urgentes para garantir a saúde e a vida da categoria; Petrobras tem que servir ao povo e não aos acionistas!

Aqueles que mantiveram a circulação de pessoas estão vivendo situação dramática, como a Itália e a Espanha, que no domingo (22) registraram 650 e 394 mortes, respectivamente.

“Nossos cálculos corroboram a ideia que o início da curva epidêmica brasileira é igual às da Itália e da Espanha — quando estes países estavam no início [da epidemia]”, afi rmou ao G1 o professor Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp.

Petrobras deve servir ao atendimento das necessidades básicas do povo

No caso da Petrobras, é fundamental que a empresa volte todos seus esforços para que seja mantida somente a produção de derivados para atendimento essencial ao abastecimento e ao esforço nacional de combate à pandemia.

Portanto, devem ser priorizados o gás de cozinha (vendido a preço de custo), combustíveis (para circulação de veículos que atendam serviços essenciais como ambulâncias, etc), gás natural, entre outros. É criminoso que os/ as petroleiros/as continuem sendo expostos para que os acionistas lucrem com a exportação de petróleo cru ou insumos para a indústria petroquímica, por exemplo.

Preocupa ainda mais o descaso com os terceirizados, que têm sido negligenciados ainda mais pois a direção da Petrobras não impõe a paralisação total de seus serviços, deixando-os à margem da contaminação própria e de outros/as companheiros/as de trabalho.

Medidas seguem insuficientes

Nos últimos dias, verificamos que a “adaptação” às medidas de segurança tem sido bastante falhas. Os “gestores” seguem expondo a categoria ao contágio pelo vírus.

O terminal de Belém (PA), por exemplo, está sem álcool em gel. Nos últimos dias, seguiram normalmente as programações de descarga de navios, muitos deles estrangeiros, os quais não tem adotado quaisquer medidas de prevenção. Já foi registrado caso de tripulantes em observação por sintomas de gripe nos últimos dias. Inspetores Náuticos (Giaont) que fazem parte de grupos de risco (idade e outras comorbidades) seguem subindo a bordo dos navios. Máscaras cirúrgicas descartáveis com cinco anos de passados da validade foram entregues aos operadores. Trabalhadores/as administrativos que poderiam estar em teletrabalho seguem em jornada presencial.

Em Urucu (AM), a direção da empresa impôs sem negociação o regime 28×14, sendo 7 dias de quarentena pré-embarque, 21 dias de trabalho e 14 de folga. Um mês longe da família numa situação de surto do corona vírus, seguida de uma semana a menos de folga! Há o caso ainda daqueles/as que residem em outros estados e estão sendo expostos ao contágio em aeroportos.

Portanto, numa situação tão dramática vemos a direção da companhia seguindo a cartilha do governo da ultradireita bolsonarista: autoritarismo, ataque aos direitos, descaso com a vida, saúde e segurança da classe trabalhadora a serviço do lucro dos acionistas privados.

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