TST ABUSA DA NOSSA PACIÊNCIA

Greve contra a privatização é abusiva. Esta foi a decisão da turma de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na segunda-feira (11/2).

A votação mostra que a cúpula do poder judiciário atua cada vez mais como um dos alicerces de dominação de classe por parte do setor patronal. O relator do caso, que foi voto vencido, defendeu que greves do tipo reivindicam manutenção dos empregos, portanto não poderiam ser classificadas como políticas.

No entanto, venceu a maioria favorável ao ministro Ives Gandra Martins Filho, velho conhecido por sempre se posicionar contra a classe trabalhadora. Lembremos que foi o magistrado que declarou abusiva a paralisação petroleira de maio de 2018 contra medidas da gestão Temer/Parente.

Fica explícito que a decisão do TST é uma arma para tentar amedrontar as categorias das empresas estatais que estão na mira de Bolsonaro/Guedes. No Supremo Tribunal Federal, outro aliado do governo federal é o atual presidente Dias Toffoli, que defendeu, em 4/2, “um grande pacto entre os três Poderes da República, que envolva reformas fundamentais como a previdenciária”.

Para articular e unificar as ações de resistência da classe trabalhadora está marcada para 20 de fevereiro a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, em São Paulo (SP), em defesa da Previdência Pública e contra o fim da aposentadoria. É preciso que essa atividade lance um Fórum Nacional de Lutas que encampe também as demandas de todos os setores que estão sendo atacados pelo governo Bolsonaro.

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