ENTREGUISMO: BOLSONARO QUER VENDER TERMOELÉTRICAS NO AMAZONAS

Depois das refinarias, chegou a vez das usinas termoelétricas da Petrobras serem alvo do entreguismo do presidente Jair Bolsonaro. Em anúncio realizado no dia 13/05, a Petróleo Brasileiro S.A. informou que inicia a etapa de divulgação referente à venda de sua participação de 93,7% na empresa Breitener Energética S.A, que possui as Usinas Termoelétricas de Tambaqui e Jaraqui, ambas no Amazonas.

As UTEs, juntas, possuem uma capacidade de 315 MW e fornecem energia à Amazonas Energia, distribuidora do estado. Estamos diante do maior desmonte do patrimônio público do povo brasileiro!

Categoria realizou assembleias nas unidades e decidiu pela greve contra a privatização

A privatização ameaça diretamente 243 empregados nas duas unidades, entre trabalhadores próprios e terceirizados. Indiretamente, são cerca de 500 trabalhadores ameaçados. Benefícios conquistados pela categoria, como o ACT, o plano de saúde e a PLR estão com destino incerto.

O anúncio vem justamente num momento de investimento da Petrobras. Já foram contratados 46 motores geradores de energia, 23 para cada usina, totalizando investimento de R$ 200 milhões. Mais modernos, esses equipamentos vêm da Áustria, permitindo maior automação e informatização. “Isso tudo vai substituir os motores atuais e, então, entregar para a iniciativa privada”, denuncia Silvio Cláudio, diretor de relações sindicais.

O Sindipetro estuda junto à assessoria jurídica a possibilidade de ingresso de ação na Justiça contra a privatização, já que a Petrobras anunciou a venda no Diário Oficial da União.

TRABALHADORES PODEM ENTRAR EM GREVE

A privatização fica descarada diante dos avanços das usinas nos últimos anos. Quando a Petrobras assumiu, a Breitener tinha uma dívida gigantesca, mas que foi sanada. Desde 2013, a Breitener é altamente lucrativa. “A Petrobras mudou a matriz energética para o gás do Urucu e hoje são certificadas pelos órgãos ambientais”, diz Silvio.

Além disso, a privatização coloca em risco a soberania nacional. A energia gerada pelas termoelétricas alimenta o distrito industrial de Manaus, o aeroporto e os radares da Aeronáutica, que realizam a fiscalização na região amazônica. “É por isso que devem ser públicas. Essas empresas são importantíssimas para o desenvolvimento da região”, critica o diretor de relações sindicais.

Nas reuniões realizadas junto à categoria, os trabalhadores decidiram iniciar uma paralisação a qualquer momento, até mesmo culminando numa greve por tempo indeterminado. “Só uma luta desta envergadura vai poder barrar as atrocidades desse governo.

Adicionar a favoritos link permanente.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *