BRASIL PÓS-PANDEMIA

Infelizmente, a crise do coronavírus se agravou, como alertavam pesquisadores e instituições científicas. No Brasil e em todo o mundo, o número de casos e de mortes continuam crescendo. A principal autoridade do país, que deveria dar respostas à população, persistiu na estratégia de apontar inimigos fantasmas e gerar picuinhas. Junto da pandemia, Bolsonaro se coloca como um perigo ao país. E agora, junto parte da classe política, reduziu salários e direitos. Sabemos muito bem: ao final da pandemia, vão querer manter essa nova forma de trabalho extremamente precarizado.

A divisão entre saúde e economia é uma falsa polêmica criada pelo presidente. Nesse momento, que exige ações elaboradas e em parceria com estados e municípios, o governo deveria convocar a quarentena e, ao mesmo tempo, apontar saídas econômicas reais. Mesmo que, ignorando doentes e mortos, o governo retomasse todas as atividades, não faria diferença, já que a economia mundial desacelerou, as trocas comerciais cessaram. A ajuda financeira tem de ser à população em geral e não apenas aos bancos e grandes empresas. É óbvio!

Ao invés disso, Bolsonaro já havia regularizado demissões e cortes salariais por três meses. E, para completar, nesta terça (14/04), a Câmara aprovou a MP 905, que permite demissões em massa. Ela vai instituir a carteira “Verde e Amarela”, que isenta os patrões de pagar 70% dos encargos trabalhistas e terá renda de, no máximo, um salário mínimo e meio. São revogados mais 42 artigos da CLT, permitindo a diluição do 13º salário, do 1/3 das férias e o não pagamento de horas extras, substituindo-as por banco de horas. É uma Bolsa Patrão!

Vivemos um momento extremamente conturbado. A pandemia se espalhou com velocidade absurda e mudou completamente a rotina do mundo. Não nos enganemos: não há soluções mágicas. Não há remédios milagrosos. É preciso mantermos a pressão para barrar a MP da precarização (905) nas redes sociais dos senadores dos estados em que vivemos. Neste momento, é importante cuidarmos de nossa saúde e a de nossos familiares. Mas, também, precisamos denunciar que o governo utilize doentes e mortes para criar um mundo pós-pandemia ainda pior do que vivemos hoje.

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