MAIS UM ACIDENTE DE TRABALHO REVELA ROTINA DE RISCO NO URUCU

Mais um acidente de trabalho revela a situação a que estão submetidos os petroleiros na Província do Urucu. No dia 18 de abril durante uma atividade de abastecimento de água ocorreu o rompimento da mangueira entre o caminhão pipa e a sonda JP-25. O resultado: um trabalhador da empresa Vectra sofreu lesão na face e no ombro, com suspeita de fratura.

Sindipetro cobra a gestão adequada dos contratos terceirizados e cumprimento das medidas de segurança (Foto: PAC).

O caminhão, utilizado para arreamento de estrada, foi adaptado para abastecimento de água. Em outras situações, a operação consiste em utilizar o caminhão do tipo munck, com tanque e, ainda, bomba de brigada, substituindo os caminhões sugadores. O trabalhador, por sua vez, recebeu atendimento médico ainda no Urucu e foi desembarcado para avaliação médica. Mas vale lembrar: há outros veículos que estão sendo adaptados para fazer papel de caminhão sugador.

O episódio aponta para uma série de problemas já denunciados pelo Sindicato e nenhum solucionado. O primeiro deles é o desvio de contrato de prestação de serviço, uma vez que o procedimento foi uma forma de suprir outro, da Keston, suspenso por falha de gestão. Além disso, este caminhão é o único para fazer transporte de água, óleo diesel e efluentes no Urucu.

O equipamento foi adaptado, mas sem a devida fiscalização e sem gestão de mudança aprovada, revelando mais uma falha. Por fim, o acidente tem como uma de suas causas o desvio de função do trabalhador. E mais: um dos tanques utilizados para transportar água oleosa/óleo diesel não possui indicação de nível, pressão e nem quebra onda, tornando a operação uma bomba-relógio.

As normas de operação não são mero procedimento burocrático. São medidas indispensáveis para proteger a vida dos trabalhadores! A manutenção dos equipamentos não é descartável. E, quando ignoradas, colocam em risco a saúde dos operadores.

O Sindipetro exige que a situação seja resolvida: que os contratos sejam geridos adequadamente e que trabalhadores realizem apenas as atribuições inerentes a seus cargos. E, além disso, que tais equipamentos sejam retirados de circulação imediatamente para a segurança de todos.

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