PPI E A PETROBRAS

A desastrosa política de “preço de paridade de importação” (PPI) que a direção da Petrobras vem adotando desde a gestão Temer/Parente em 2016 tem se mostrado um desastre total!

Um dos resultados mais sentidos é o alto preço dos combustíveis, pelo alinhamento aos valores das cotações internacionais dos produtos e à cotação do câmbio. A subida descontrolada do diesel em 2018 levou à greve dos caminhoneiros autônomos que impactou em 1,2% o PIB, de acordo com o Ministério da Fazenda.

Outra consequência do PPI foi aumentar a ociosidade das refinarias da Petrobras. Tornou-se mais vantajoso para as distribuidoras o processo de importação de combustível trazido, principalmente, dos EUA. Favoreceram-se refinarias de lá e as distribuidoras concorrentes da Petrobras aqui, além das multinacionais de logística. A gasolina também perdeu mercado em relação ao etanol, beneficiando os produtores e importadores do produto.

Para mudar o quadro o que propõe o governo Bolsonaro: revisão do PPI? Infelizmente não. Paulo Guedes e Castello Branco querem dobrar a aposta!

Eles querem privatizar as refinarias construídas pela Petrobras para “quebrar o monopólio” (que não existe desde 1997). Assim, vendem a falsa ideia de que com o refino entregue a agentes econômicos privados a concorrência garantiria preços baixos.

Pelo contrário, defendemos que é preciso reestatizar completamente a Petrobras, sob gestão da categoria e controle da classe trabalhadora, para que a empresa possa cumprir o papel em que foi criada após a vitoriosa campanha “O Petróleo tem que ser nosso” nos anos 1950.

Vamos juntos defender uma Petrobras que vise a garantia do abastecimento energético do povo, usando os recursos do petróleo para que o país dê um salto rumo a um novo patamar de soberania e condições dignas e sustentáveis para as futuras gerações.

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