Em Urucu, terceirizadas atacam direitos e promovem demissões em troca de contratos

A precarização do trabalho em meio à pandemia segue prejudicando terceirizados na Província de Urucu. A empresa Allcontrol, que deve iniciar contrato nas atividades de planejamento e delineamento a partir de setembro, ofereceu remunerações até 50% abaixo do piso salarial, chantageando com o desemprego aqueles que estão no contrato atual. Ou seja: se não rezar na cartilha da empresa, o empregado poderá ser descartado. Um cenário catastrófico que pode se institucionalizar com uma possível privatização.

Sabemos: da redução salarial, haverá flexibilização da legislação trabalhista, precarização e aumento do risco de acidentes. Com uma possível venda da unidade em pauta, a Allcontrol está procurando enxugar os custos para se adequar a um eventual novo contexto.

Por último, mas não menos importante, já foi divulgada a lista do próximo embarque, mostrando que grande parte da equipe é de trabalhadores novos que não tem experiência no trabalho de campo. Tudo isso traz extrema preocupação com a segurança operacional, pois estarão substituindo, de uma vez só, contratados experientes no serviço.

As arbitrariedades também acontecem em outros contratos. No caso da Parente Andrade, 100 trabalhadores de Carauari estão sendo preteridos na seleção para compor a equipe do novo contrato da MVS Engenharia, que tem informado que admitirá apenas pessoas que residam em Manaus. Um absurdo que, além de discriminação, poderá impactar fortemente a economia local, cujo papel social da Petrobras na contratação de mão de obra local sempre foi fundamental.

A gestão da Petrobras está ciente de toda essa problemática, cujo teor foi denunciado pelo Sindipetro PA/AM/MA/AP em diversas reuniões, mas nada foi feito pela companhia até aqui. Fica claro que esse é o caminho para outras empresas que prestam serviços à Petrobras. Na disputa por contratos, elas vão seguir diminuindo salários e retirando direitos para garantir os seus lucros. Essas são as consequências mais severas da potencial privatização de Urucu: entrega das nossas riquezas à iniciativa privada e a piora generalizada das condições de vida da categoria!

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