FNP pede revogação imediata do PCR

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) protocolou ofício pedindo o cancelamento imediato do processo de implantação do Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) da Petrobras. Na última quarta-feira, 11, como parte das reuniões das comissões permanentes com o RH da empresa, a FNP denunciou a falta de transparência na concepção do PCR, cuja discussão deixou de lado os sindicatos.

Diretores da FNP participam de reunião das comissões permanentes com o RH da Petrobras

O ofício protocolado pleiteou, ainda, “a abertura de um processo de negociação coletiva para a elaboração de um novo Plano de Cargos”. Para reorientar a questão, segundo a FNP, devem ser iniciados “debates públicos entre os representantes da direção da empresa e dos trabalhadores”.

A federação aproveitou a reunião para repudiar assédio moral que os trabalhadores vêm sofrendo ao denunciar aspectos negativos do PCR. No Rio de Janeiro, a diretora do Sindipetro-RJ, Moara Zanett, se tornou alvo de  perseguição por ter feito críticas ao PCR, em vídeo que questiona aspectos do plano.

“Sofro retaliação política por ser militante sindical”, declarou Moara Zanett. Presente à reunião, a diretora contou ainda que foi impedida de participar de um curso por ter feito críticas ao PCR. Ela também ressaltou que não utilizou nenhuma informação confidencial da Petrobras, mas que, em resposta ao vídeo produzido, foi orientada pela gerência a deixar o RH da empresa. Outro caso ocorreu com ex-dirigente sindical de São José dos Campos (SP), advertido em sua nova lotação a pedido do RH da Revap.

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